quarta-feira, agosto 30, 2006

"As memórias


... são os sorrisos que queremos rever. Devagar"
Em casa dos meus pais existe um album, feito e oferecido pela minha mãe ao meu pai. Conta a história deles, que curiosamente é também a minha história e a da minha irmã. Já na segunda metade dessa história vem a página do meu 5º aniversário. A foto foi tirada há 34 anos.

terça-feira, agosto 29, 2006

Momentos II

Um fecho de férias, já a braços com uma semana de trabalho, como que a guardar o ultimo trago no fundo do copo para saborear depois. E foi um despertar de sentidos que me trouxe o vale, em sons, em cheiros, em tons e cadências certas para silêncios. A longa varanda, camarote central sobre mar de cores, faz-se às conversas de entardecer, e estende-se pela noite em risadas e brindes a outras tantas. O último cigarro já só as rãs e os grilos, entre estrelas de brilho descarado e luzes a ziguezaguear encostas. Soubesse eu escrever nas cinco linhas, fazia como o Pedro, que compôs sobre aquele Douro, saboreado a partir da mesma varanda.

segunda-feira, agosto 28, 2006

Contas parvas

Não serve para nada, saber isto. Ainda mais porque leitores desta Caixa são algumas dezenas, mas se cada visita ocupasse um lugar no estádio da Luz, estávamos perante lotação esgotada.

quarta-feira, agosto 23, 2006

Casa não casa

Ás tantas, as conversas de almoço, chegam a atingir dimensões gigantescas:
“Casar é contra-natura. O instinto animal leva-nos para caminhos diferentes do compromisso e da monogamia. Resistir a esses instintos é uma luta desgastante e é capaz de transformar a vida de qualquer um num inferno.”
“O instinto animal também nos leva a cagar e a mijar quando se tem vontade. Não obstante, conseguimos esse feito heróico de esperar até ao próximo encontro com uma casa de banho. No fundo se seguíssemos todos os nossos instintos animais o mundo era uma imensa casa de banho. Do ponto de vista do instinto animal, a opção de não casar é semelhante à de usar fraldas Lindor para adultos incontinentes.”
Este texto é um excerto da conversa de almoço, que foi, obviamente, bastante animado.

segunda-feira, agosto 21, 2006

Filarmónica

Já a noite se fazia ao céu, nuvens em contraluz, quando cheguei a São Martinho. O entusiasmo deles, para lá do meu regresso, vinha do concerto da filarmónica Gil, ali mesmo encostado ao areal e às embarcações. Jantámos as empadas feitas durante a tarde a várias mãos, adormecemos o António que ficou com o avô (ainda não tem estatuto para estas aventuras) e descemos desde o cruzeiro até ao Cais, já o som nos dizia que perdemos o início.
Depois foram três quartos de hora de novas emoções. Os acordes, o entusiasmo, as luzes, a dança, uma ou outra canção reconhecida. O João Às vezes atentos ao cenário montado, outras vezes dispersos nas brincadeiras entre os barcos. Palmas, sempre palmas.
O homem da Filamórnica – “Não vale a pena dizer certas coisas em campanhas politicamente correctas. A droga é mesmo uma merda. É uma merda.”
Risos do João e do Manel Maria
- Paiiiiiiiiiii. Ele disse merda. Disse que eu ouvi.
- Eu também ouvi. Disse meda.
- Disse porque está a falar de uma coisa tão má e tão feia, que nesses casos e só nesses casos, os adultos podem dizê-lo.
O concerto assim seguiu e fluiu. Deve ser difícil gerir a relação com um público acidental. O regresso ao palco para só mais uma e em jeito de brincadeira o “Postal”.
Roubei o alinhamento aqui nos desabafos do vizinho Gil. Não leves a mal pá.

quinta-feira, agosto 17, 2006

Verão Quente

A restante família Real continua de férias. Pobre Rainha às voltas com os três príncipes selvagens, e tão preocupada com a sua Bimby, que na passada semana sofreu uma hemorragia de creme de alho francês. Ainda hoje se está para ver se foi um episódio clínico excepcional ou se configura alguma doença crónica. Se a Bimby adoece de vez, acaba a paz do reino.
Desde o internamento da Playstation 2 durante quinze dias numa clínica de Madrid, que a harmonia familiar não se encontra tão ameaçada.

quarta-feira, agosto 16, 2006

Regresso

... após três semanas e meia de férias. Algarve e São Martinho do Porto. Muita praia que me deixou bem passado. Trouxe a chuva comigo para o safanão não ser tão violento. A família da Caixa de Costura foi conhecer o Sopro do Coração num jantar na ilha de Faro. A M&M é fantástica e estragou-nos com mimos e com doces da região.
Olho para o outlook. Cruz credo. É inacreditável a quantidade de mails que tenho para ler. Os do Viagra e os das soluções milagrosas para aumentar a pila em não sei quantas polegadas (não sei como é que eles descobriram certas coisas pretensiosamente íntimas sobre mim) já foram para o lixo, os outros requerem uma leitura mais atenta. Faço-me a esta longa estrada.