Bela ideia esta de, passados 4 anos de abstinência, regressar aos Pirinéus. Melhor ainda, se para chegar a Andorra, uma paragem em Madrid, nos proporciona a exposição de Picasso.
Tenho em mim que o velho do pincel, nuns repentes oftalmológicos passou a usar óculos bifocais, o que explica a fase cubista, seguida de uma adaptação muito conturbada às lentes graduadas, por alturas da Guernica.
Genial, portanto, a exposição, ainda que os selvas se tenham separado tornando difícil o controlo parental. O mais novo, recentemente apelidado de Sirenes (diminutivo Siras), era de localização imediata graças à guincharia com que insistiu em nos presentear durante a semana. Já o Lunetas e Loiro faziam comentários pouco adequados à obra do pintor e insistiam em perguntar porque é que ele tinha cortado a própria orelha (desconheço quem foi o animal que, de propósito, lhes misturou a história dos pintores – eh eh eh eh).
Rumamos por fim a Andorra, longe demais, na minha modesta opinião. Tenho cá para mim que o Afonso Henriques foi burro na escolha do rectângulo Luso. Ou foi burro ou nada percebia de Ski e Snowboard.
Bem que podia ter começado por Guimarães e ia para a nordeste até França, ou então começava pelos Algarves e ia para Leste até pelo menos Granada. Em qualquer um dos casos, estávamos safos da Serra da Estrela que envergonha qualquer praticante de desportos de inverno, e ficávamos com umas estâncias de inverno decentes. Axandrem-se os amantes do queijo da serra que em Andorra ou em Serra Nevada haveria espaço para cabras e ovelhas a perder de vista. A segunda opção (Algarve Granada) ainda traz a vantagem de o Futebol Clube do Porto não estar no nosso campeonato, e levar umas tareias do Real e do Barcelona.
Este formato que o Afonso escolheu, além de triste, coloca o nosso esqui, ao nível da participação na Eurovisão – segundos a contar do fim logo a seguir a Malta.
Por falar no Henriques, regressado ao nosso querido Portugal, reparo que anda tudo empertigaitado porque uma aluna bateu numa professora à conta de um telemóvel. Mas seria de esperar outra coisa? O nosso primeiro Rei andava ao estalo à mãe, e ficamos boquiabertos porque uma miúda disputa energicamente a posse do telemóvel com a professora ? E a padeira de Aljubarrota ? Andou a afiambrar nos espanhóis que nem uma doida, e nem uma voz se levantou a condenar a sua incapacidade para o diálogo. Estátuas existem do Afonso e da Padeira, no entanto querem levar a moça do telemóvel ao tribunal de menores ? Estão todos parvos ?
segunda-feira, março 31, 2008
quarta-feira, março 19, 2008
Triplicado
Vai que cada vez que é dia do Pai, pela manhã, depois do moche ao Pai, recebo requintadas peças de artesanato escolar, preparadas nos dias que o antecedem com muito carinho, amor e dedicação.
Tenho cá para mim que a imaginação de um professor primário é tão fértil quanto a do Major Valentim em tempos de campanha. Se este último opta por electrodomésticos, os primeiros disponibilizam uma panóplia infindável de brindes: t-shirts, suportes para canetas, canecas, aventais, molduras, suspensórios, pisa papéis e até bases para os quentes.
Tratando-se de uma oferta de filho para pai, descubro-me claramente agradado com o esforço e empenho dos petizes e de suas educadoras. A bem, a bem, só mudava uma coisa. Cada classe faria a sua própria lembrança ao invés de a repetirem em todas as idades. É que se três t-shirts nao soa mal, já três canecas é mais difícil de enquadrar, e três porta chaves ainda pior. Se a primeira é para o carro e a segunda para as chaves de casa, à terceira estará destinado um protagonismo duvidoso, como as chaves da arrecadacao. Esta relaçao de ordem entre as prendas do dia do pai, causa obviamente focos de reebeliao entre ois marias, e a bem da verdade é o que menos me faz falta. Para facilitar as vida dos professores da escola dos marias deixo algumas sugestoes para futuros dias do pai:
uma PS3 pintada a aguarela pelos meninos;
uma bicicleta todo o terreno com a fotografia deles no quadro;
um plasma de cinquenta e tal polegadas com um plástico à frente a dizer "és o melhor pai do mundo"
Fica entao a sugestao e o desafio para me dizerem o destino a dar aos tres porta chaves e aos três aventais do ano passado e às três canecas de há dois anos.
Tenho cá para mim que a imaginação de um professor primário é tão fértil quanto a do Major Valentim em tempos de campanha. Se este último opta por electrodomésticos, os primeiros disponibilizam uma panóplia infindável de brindes: t-shirts, suportes para canetas, canecas, aventais, molduras, suspensórios, pisa papéis e até bases para os quentes.
Tratando-se de uma oferta de filho para pai, descubro-me claramente agradado com o esforço e empenho dos petizes e de suas educadoras. A bem, a bem, só mudava uma coisa. Cada classe faria a sua própria lembrança ao invés de a repetirem em todas as idades. É que se três t-shirts nao soa mal, já três canecas é mais difícil de enquadrar, e três porta chaves ainda pior. Se a primeira é para o carro e a segunda para as chaves de casa, à terceira estará destinado um protagonismo duvidoso, como as chaves da arrecadacao. Esta relaçao de ordem entre as prendas do dia do pai, causa obviamente focos de reebeliao entre ois marias, e a bem da verdade é o que menos me faz falta. Para facilitar as vida dos professores da escola dos marias deixo algumas sugestoes para futuros dias do pai:
uma PS3 pintada a aguarela pelos meninos;
uma bicicleta todo o terreno com a fotografia deles no quadro;
um plasma de cinquenta e tal polegadas com um plástico à frente a dizer "és o melhor pai do mundo"
Fica entao a sugestao e o desafio para me dizerem o destino a dar aos tres porta chaves e aos três aventais do ano passado e às três canecas de há dois anos.
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