Reconheço-lhe inesgotável valor, e à sua obra também, mas provavelmente foi erro meu tê-los levado à casa das histórias. Agravei o erro, bem sei, com o aluguer dos dispositivos audio, onde cada um dos quadros era contextualizado e descrito ao pormenor. Não fossem estes aparelhos, podiam eles eventualmente, deixar passar em claro algum detalhe excêntrico dos quadros. E, convenhamos, o uso dos aparelhos prendeu-os à visita da exposição. Afinal, haverá algo mais animado na visita a um museu, que andar com um guia em forma de telemóvel com headphones?
Mais uma vez, mea culpa, e fruto de uma educação afastada da cultura de Paris e Nova Iorque, mas não consigo gostar daqueles quadros. Em contra-mão, o edifício da Casa das Histórias é genial. Gosto de arquitectura.
O homem almofada que convence as crianças a suicidarem-se, ou a senhora que, na cadeira, cose o sexo do menino, vão ser ultrapassados num instante. Segundas quartas e sextas, das seis às oito da noite. O psicólogo foi muito compreensivo e faz descontos de grupo. Só tenho que pagar duas consultas para eles os três. Dois aninhos nisto e os três Marias ficam como novos.
1 comentário:
Que pena.
Acredito,
como não hei-de acreditar se a vida inteira acreditei e acreditei muito nos mais novos,
que hão-de gostar destes quadros
quando os virem «por dentro» das imagens.
(foi o avô que me soprou «por dentro» quando eu ia escrever «para lá»)
t frazão
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